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Channel: arbitragem – bastidores de Copa e Olimpíada
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Foi pênalti?

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Segue gerando discussão o lance que originou o pênalti para o Corinthians ontem. É um daqueles lances polêmicos que alimentam as mesas de bar, debates no escritório e fazem do futebol o esporte emocionante que ele é. Para alguns, como José Roberto Guimarães, nosso grande técnico de vôlei, não foi. Para outros _e eu me incluo nesse grupo_, foi pênalti, sim.

Por que o lance gera tanta confusão? Porque é daqueles que dependem da interpretação do juiz, tanto que até agora não existe um consenso sobre ele. E nunca existirá.

Por que eu teria marcado o pênalti? Porque acho que Rogério Ceni apareceu atrasado no lance e, embora tenha levado a pior, foi o goleiro são-paulino quem chutou o pé de Alexandre Pato, que, a meu ver, não chegou solando, não, e poderia ter se machucado feio na jogada. Ceni acabou sendo imprudente, pelo menos foi o que achei, atingiu o rival dentro da área e cometeu a penalidade. Em vez de cartão amarelo, poderia ter recebido o vermelho.

Ah! Já sobre a reclamação corintiana no gol são-paulino, anotado por Jadson logo no comecinho do jogo, considero improcedente o pedido de falta de Alessandro. Não vi nada de irregular no lance. Pelo contrário. Exagerada a reclamação do corintiano, que queria apitar o jogo, como querem muitos dos jogadores brasileiros hoje em dia. Tem árbitro que deixa o atleta reclamar demais. Como Leandro Bizzio Marinho ontem. Há momentos em que deve ser mais enérgico e apitar. Se for o caso, distribuindo cartão. A obrigação do jogador é atuar, não apitar a partida, o que muito brasileiro insiste em não entender. Ou fingir que não entende.


Os nervos do Palmeiras

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Um dos principais problemas do Palmeiras neste início de Série B tem sido enfrentar os próprios nervos. O time dá a impressão de estar muito nervoso em campo. Foi assim na estreia em Itu, quando venceu o Atlético-GO, e nos outros dois jogos na cidade, derrota para o América-MG e triunfo contra o Avaí. Contra os mineiros, o goleiro Bruno acabou, inclusive, discutindo com torcedores.

A única boa atuação do Verdão até aqui foi em Alagoas, quando ganhou do ASA de Arapiraca, por 3 a 0.

Sábado, contra o Sport, o gramado estava impraticável por conta da chuva, e o jogo acabou sendo muito ruim. Devido a dois erros grotescos da arbitragem, o Verdão acabou perdendo nos acréscimos e saiu de campo revoltado. Detonou a arbitragem.

Talvez o mais indignado fosse o zagueiro Henrique, que se habituou a questionar os homens do apito. Na saída do gramado dizia: “Cego do caramba, é uma m… Série B do c… É f… Vêm essas m… de árbitros”. Além dele, Márcio Araújo e o técnico Gilson Kleina não se contiveram e podem ser punidos pelo STJD.

Não discuto a atuação de Wagner Reway, que foi péssima mesmo, fazendo tremenda lambança no final e prejudicando o Palmeiras. Como já havia prejudicado a Lusa, aliás, quarta passada, diante do Internacional, fosse invertendo faltas, fosse na expulsão de Ferdinando. Mas culpar apenas o juiz pelo fracasso é tirar o foco do que está acontecendo no Palestra. O time está instável emocionalmente e ainda não encontrou um padrão de jogo. Apesar de seguir em quarto, na zona de classificação, com três vitórias e duas derrotas, não passa confiança para a torcida.

A pausa para a Copa das Confederações, se bem aproveitada, só pode lhe fazer bem. Que sirva para juntar os cacos, que são muitos. Antes dela, porém, amanhã ainda tem o América-RN, um dos piores times da competição, pela frente. Mesmo jogando fora, boa chance para colher três pontinhos.

Protesto do Verdão

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O Palmeiras estuda formalizar protesto contra a arbitragem do jogo de ontem, quando perdeu para o ABC e teve dois pênaltis não assinalados já nos acréscimos.

Quer mostrar que não é pelo fato de estar disparado na ponta da Série B _tem sete pontos de vantagem em relação ao segundo colocado_ que não está atento ao que acontece em campo.

Desde o ano passado o clube vem reclamando não só da arbitragem, mas também do STJD.

Mas o pior no jogo de ontem foi a desorganização no Frasqueirão, que não tinha condições de receber o público que foi ver o jogo. Muito tumulto na entrada, empurra-empurra, aparente superlotação, gente passando mal, o ABC responsabilizando o policiamento e este colocando a culpa no clube.

Detalhe: segundo o time potiguar foram colocados à venda 16,5 mil ingressos, mas o público pagante, curiosamente, não passou da casa dos 15 mil…

O “roubo” e o goleiro

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Lamentáveis as declarações do goleiro Felipe, uma após a outra, sobre  o tento irregular que deu o título do Estadual do Rio ao Flamengo.

Não sou adepto do politicamente correto, mas um jogador profissional dizer que “roubado é mais gostoso” é muito grave.

Além de gerar um clima ainda pior entre as torcidas, se ele diz que houve roubo está insinuando que a arbitragem estava mal intencionada, que alguém pagou para favorecer o Flamengo ou algo assim? O que, cá entre nós, não foi o caso. O lance foi no finalzinho e erros acontecem.

Mas em algum momento Felipe pensou na repercussão que sua declaração causaria? Na ira que provoca entre os torcedores adversários? Foi de uma irresponsabilidade total.

Fora que, ao tentar explicar a questão, saiu-se ainda pior. Disse que foi o lado torcedor que falou mais alto, que queria dar assunto para a imprensa por uma semana, que se fosse um erro em favor do Vasco “eles” fariam ainda pior ou qualquer coisa nessa linha. O que é isso?

Um jogador tem que medir as palavras, ser um pouco mais profissional, um pouco mais sério.

Felipe, com todo respeito, extrapolou e muito. Haja irresponsabilidade! Deveria, no mínimo, ser advertido pela diretoria rubro-negra e pedir desculpas publicamente. Não chegar e dizer que se fossem os vascaínos fariam pior. Isso não. Lamentável.

Oscar e David Luiz

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Claro que a maioria deve estar falando de Neymar, que estreou em Copas marcando dois gols e sendo peça decisiva na virada contra a Croácia, mas dois jogadores também merecem destaque: Oscar e David Luiz.

O primeiro calou a boca de muita gente que achava que deveria ter começado a partida no banco.

Acertou Luiz Felipe Scolari em coloca-lo como titular, fez ótimo primeiro tempo e ajudou a equipe em momentos de desequilíbrio, quando alguns de seus companheiros davam a impressão de ter sentido o gol contra de Marcelo, logo no início do jogo.

Já David Luiz é o símbolo da raça. Foi importantíssimo no segundo tempo, dividindo todas as bolas, evitando alguns dos avanços croatas e liderando a defesa brasileira. Está de parabéns o zagueiro.

Sobre a estreia, mostra que será uma Copa complicadíssima para o Brasil, que tem de fazer valer em campo seu favoritismo.

Em Itaquera, a Seleção entrou nervosa, ainda emocionada com o hino nacional, alguns jogadores com lágrimas nos olhos e assistiu à Croácia avançar e fazer 1 a 0, o que deixou os brasileiros ainda mais tensos.

Pouco a pouco o time foi se acalmando, mas deu sustos na torcida, inclusive na etapa final.

Decisivo para a vitória foi o árbitro japonês, que marcou pênalti em Fred para mim inexistente, permitindo a virada do Brasil e desequilibrando os croatas.

Que até tiveram um gol anulado, mas aí a arbitragem acertou. Houve falta em Júlio César.

Gostei do resultado e dos apuros que a Seleção enfrentou. Evita o oba-oba e deixa os atletas mais cientes do que nunca que vencer a Copa não será nada fácil. Pois não será mesmo.

Espero que o time cresça na competição, pois é isso o que vale num torneio de tiro curto como o Mundial.

A mão do juiz

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A Fifa errou em colocar o juiz japonês, o mesmo de Brasil x Holanda em 2010, para apitar a abertura da Copa.

E ele errou feio ao dar aquele pênalti em Fred, que gosta de simular faltas, um mal de muitos jogadores brasileiros.

Foi decisivo para a vitória brasileira, criticada em países como Argentina, Espanha, Holanda, Dinamarca e Bélgica pela forma como aconteceu. Com apito amigo.

A repercussão do caso chegou à Fifa, claro, e reforçou a ideia de Joseph Blatter, que quer que os técnicos possam, pelo menos duas vezes no jogo, chamar o árbitro para um desafio, quando usariam imagens da TV para saber se um lance crucial estava ou não legal.

Isso teria evitado o pênalti em Fred ontem.

Enfim, como já disse antes, fiquei emocionado com o hino brasileiro, a reação dos jogadores, que entraram com lágrimas nos olhos, feliz com as atuações de Oscar e David Luiz, mas triste por ganhar assim. “Roubado”, como dizem os argentinos. Prefiro dizer que ajudado pela arbitragem, que errou, espero, sem intenção. Mas ganhar ou perder por erro de arbitragem, mesmo que faça parte do jogo é complicado. Ainda mais em Copa do Mundo.

Mas outros erros virão. Afinal não são só técnicos e atletas que erram. Juízes também. E não é fácil apitar um jogo, tendo segundos ou frações de segundo para tomar uma decisão.

E não é a primeira vez que um árbitro ajuda o Brasil na estreia de um Mundial. Em 1986 foi assim. Em 2002 também. Mas em 1978, na Argentina, não. Foi o contrário. Lembram?

Polêmica tecnológica

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E não é que mesmo com a tecnologia o segundo gol da França diante de Honduras causou polêmica no Sul? Teve gente no Beira-Rio que jurava, vendo o lance pelo telão, que a bola não tinha entrado, embora o computador indicasse o contrário e tenha sido usado para validar o tento, claro.

Aproveitando a questão tecnológica, fiquei pensando muito sobre a proposta de Joseph Blatter, que quer ver implantado no futebol o chamado desafio, que um técnico poderia fazer ao árbitro em lances polêmicos. Talvez seja um para cada treinador por tempo de jogo, talvez dois, mas, seja como for, a ideia, à qual fui um pouco refratário no início, está lançada. E pode ser interessante.

É claro que em torneios menores seria difícil implementa-la, mas faz parte do jogo. Em competições mais importantes, como é um Mundial, seria usada. Assim evitaríamos que ocorresse o que vimos em México x Camarões, quando os mexicanos tiveram dois gols mal anulados no primeiro tempo.

Tecnologia à parte, gostei das seleções de Costa do Marfim diante do Japão e da Suíça diante do Equador. Mas a França, apesar dos 3 a 0 diante de Honduras, sei não. Talvez não vá tão longe, embora um torneio curto como é o Mundial seja imprevisível. Certamente teremos novas surpresas pela frente, além da brilhante atuação de Costa Rica e da goleada histórica da Holanda diante dos atuais campeões mundiais.

Os acréscimos

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Não sei se vocês têm reparado, mas os árbitros da Copa _ou pelo menos boa parte deles_ têm ido muito bem na hora de dar os acréscimos.

Eles tentam dar os acréscimos que de fato aconteceram, compensando paralisações por contusão, reclamação, substituição ou até demora em reposição de bola.

No Brasil não vemos isso. No nosso futebol os juízes tendem a dar um minuto de acréscimo no primeiro tempo e dois ou três no segundo como se essa fosse a regra, quando não é.

Curiosamente isso tem pegado de surpresa um ou outro comentarista de arbitragem, que não está gostando do que vê no Mundial.

Mas os acréscimos, a meu ver, têm que ser dados exatamente como na maior parte dos jogos, ou seja, de acordo com o que acontece no campo, não algo padronizado só para inglês ver, o tal um minutinho na fase inicial e dois ou geralmente três na final.

Que aprendamos com isso.


Viva Costa Rica!

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Emocionante a vitória da segura seleção costarriquenha contra a Itália. De azarão virou a sensação do grupo e, por que não?, da Copa no Brasil.

Um futebol firme, seguro, confiante, com boa marcação, belos contra-ataques, ótimas jogadas a partir de bolas paradas e mais um triunfo. Depois de atropelar o Uruguai, na estreia, a vítima agora foi a Itália e Costa Rica é a primeira do chamado grupo da morte a se classificar para as oitavas de final.

Uma vitória merecidíssima, gol de Ruiz, no primeiro tempo, pouco depois de Campbell, a estrela da equipe, ter sofrido pênalti não marcado pela arbitragem. No gol, o recurso tecnológico ajudou, pois a bola havia entrado, sim, e o juiz pôde validar o tento costarriquenho sem contestação dos italianos.

A segunda vaga agora fica entre Itália, que joga pelo empate, e Uruguai, que entra em campo na terça estimulado pelo sucesso diante dos agora eliminados ingleses.

Costa Rica tem que comemorar mesmo. Ninguém apostava nela, era dada como peso morto no grupo e foi, de longe, a melhor equipe nessas duas rodadas do grupo D.

É muito, muito bom mesmo ver o “mais fraco” (ou aquele tido como mais fraco) não só vencendo, mas convencendo. Uma lição de humildade e determinação, Viva Costa Rica!

O complô de Parreira

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Carlos Alberto Parreira tem que mudar o discurso. Não dá pra continuar insinuando que o Brasil está sendo vítima de complô dos que não queriam que ele fosse hexa.

Se houve complô, foi dos alemães, que deram uma aula na Seleção em campo. Jogaram bonito, tinham ótimo esquema tático, tocavam a bola de pé em pé, atuaram com seriedade, sem debochar dos adversários e foram marcando, marcando e marcando… Poderiam ter feito dez.

E ainda comemoraram a classificação para a final com muita classe e respeito. Na vida você tem que saber vencer (e a Alemanha soube) e perder, algo que alguns ainda não aprenderam.

Seguir atribuindo o fiasco à entrada (maldosa ou imprudente) do colombiano em nossa maior estrela, ao cartão amarelo que tirou do jogo nosso capitão (muito bem aplicado, aliás) ou à arbitragem no Mundial é negar a realidade. E não leva a lugar nenhum.

É hora de mudanças, a começar pela cartolagem e pela estrutura de nosso futebol, comandada por uma CBF que nem organizar o campeonato nacional consegue e age como se fosse dona da Seleção, um patrimônio público e não de um grupinho que não quer lançar o osso. E Parreira ainda vê a CBF como o Brasil que deu certo… Meu Deus!

A vitória são-paulina

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Vai dar muito o que falar (e já está dando) a vitória do São Paulo diante do Grêmio, em Porto Alegre. A arbitragem, mais uma vez, acabou sendo protagonista e os gremistas terminaram o jogo gritando “vergonha, vergonha”. Não para seus jogadores, claro, mas para o juiz.

Arbitragem à parte, os paulistas foram guerreiros no Sul, Kaká voltou a brilhar, Pato foi peça importante no ataque e a zaga são-paulina, tão contestada nos últimos jogos, teve uma ótima atuação. Paulo Miranda e Edson Silva marcaram bem e salvaram em cima da linha dois gols gaúchos.

Destaque também para Rogério Ceni, que fez grandes defesas, calando muito dos que acham que ele não tem mais condições de jogar, e ainda marcou, com muita personalidade, o gol tricolor. De pênalti. Pênalti que os gremistas contestaram, contestaram e contestaram… Mas, cá entre nós, que nesse lance o juiz acertou, acertou. Porque a penalidade ocorreu, queira Luiz Felipe Scolari ou não.

Nossa arbitragem…

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Está certo que nossos “professores” e jogadores têm mandado muito, muito mal, o nível do Brasileirão e mesmo o dos jogos de ida das semifinais da Copa do Brasil que o digam, mas a arbitragem… Merece nova puxão de orelha.

O que o juiz Jean Pierre Gonçalves Lima aprontou ontem na Arena Corinthians é brincadeira. Confuso, indeciso, atrapalhado, marcou pênalti inexistente para o Timão, demorou para voltar atrás e só o fez após alerta de um de seus auxiliares, alerta que demorou um tempo para chegar aos ouvidos do árbitro…

Ainda titubeou ao anular um gol do Coritiba que provocou muita reclamação na fase final, confundiu-se em lance com o goleiro Cássio, inverteu faltas e parou em demasia o jogo, até porque estava inseguro se marcava para um lado ou para o outro.

No final, o empate até que saiu de bom tamanho para o Timão, que poderia ter perdido em casa. Acabou conquistando o empate nos instantes finais, aos 50 minutos do segundo tempo, levou um pontinho, segue fora do G-4, mas muito próximo do grupo e com todas as chances de conseguir a sonhada vaga na Libertadores.

Só que tem que jogar mais do que apresentou sábado, bem mais, aliás.

Acorda, Mano! Sei que em dezembro o técnico deixa o comando do clube, mas depois de uma temporada muito ruim, com eliminação logo na primeira fase do Paulista, desclassificação vexatória na Copa do Brasil e um Brasileiro instável, já era hora de o time se encontrar. O que, sinceramente, duvido que aconteça, embora acredite que possa ficar entre aqueles que irão para a Libertadores do ano que vem. Até porque instabilidade não é marca só do Corinthians nesse campeonato, não.

Ganso na berlinda

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Continuam dando o que falar as declarações de Paulo Henrique Ganso sobre a arbitragem no clássico de quarta contra o Corinthians.

O meia, que deve ser processado pelo juiz Ricardo Marques Ribeiro, também terá que se explicar na Justiça desportiva e provocou a ira de Serginho Chulapa, ex-ídolo tricolor, e da própria diretoria são-paulina, que terá uma conversa exigindo moderação a partir de agora.

Após o jogo de quarta, pela Libertadores, Ganso disse que o árbitro deveria sair do estádio de “camburão” e que “aquilo não foi erro, foi roubo”, referindo-se ao fato de o juiz não ter marcado falta em lance em que Emerson empurra Bruno antes do segundo gol corintiano.

Ganso também detonou a diretoria tricolor, reclamando que desde o começo falou para ela trazer um juiz de fora, o que não ocorreu. “Lógico que se apitar juiz do futebol brasileiro ia puxar para o Corinthians”, protestou.

A declaração pegou mal entre cartolas do Morumbi, para os quais o meia quis responsabiliza-los pela derrota, quando estariam dando todas as condições para o time jogar bem, o que não aconteceu quarta. A direção vai dar um puxão de orelha em Ganso e exigir que, a partir de agora, atletas e comissão técnica assumam suas responsabilidades nas derrotas.

A avaliação da diretoria tricolor, com a qual concordo, é que a equipe não jogou nada contra o Corinthians e mereceu a derrota. E, apesar de também ter ficado irritada com o lance do segundo gol e com o juiz, ela acha que quem tem que se explicar são eles, jogadores, e não ela, diretoria.

Para piorar um pouco mais, o ex-atacante Serginho também se aborreceu com Ganso ao ver seu nome mencionado no episódio. Para Ganso, “se fosse o Serginho Chulapa ia no vestiário bater nele (juiz), mas, como isso não pode mais no futebol, o que o juiz fez foi palhaçada mesmo.” Como se em outras épocas fosse permitido bater em árbitro…

Ganso foi infeliz mesmo e, mais do que isso, irresponsável. Podem dizer que falou de cabeça quente, mas deve um pedido público de desculpas. A todos os citados. Mais do que isso, tem que voltar a jogar bola, assim como seus companheiros, anulados na última quarta.

Às vezes é mais fácil procurar inimigos externos que olhar para o próprio umbigo, como parece ter sido o caso do meia, que extrapolou após o fiasco. O juiz errou no segundo gol? Sim. Mas no primeiro quem falhou feio foram meio-campo e defesa são-paulina. E no jogo o Tricolor nem ameaçou o rival…

Muricy Ramalho, que costuma dizer que “aqui é trabalho”, ainda precisa mostrar a que veio. Ter “livrado” o time da degola do Brasileiro de 2013 é muito pouco para um técnico tão bem remunerado como ele. Ok que ano passado teve o mérito de classificar o time para a Libertadores de 2015, mas ficou a desejar no Paulistinha, na Copa do Brasil e na Sul-Americana e não vimos um grande futebol do Tricolor. Que pode jogar bem mais com o grupo que tem.

Ano passado não conseguiu acertar um esquema tático decente para o São Paulo e esse ano, pelo jeito, vai pelo mesmo caminho. Pode golear um frágil Bragantino pelo Paulista, mas na Libertadores o São Paulo tem que jogar mais que na última quarta. Jogadores e elenco pra isso o time tem. Falta liga. Ainda deve um grande futebol. Alegre, bonito, envolvente.

Um outro São Paulo

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O que vimos no Morumbi, especialmente no primeiro tempo, foi um outro São Paulo, que realizou sua melhor partida no ano. Aliás em muitos e muitos meses.

O time sufocou o Corinthians desde os instantes iniciais, fez o que o Timão havia realizado na partida de ida entre os dois, e não deixou o adversário jogar. Mal passava do meio-campo, aliás.

Com muita vontade, o Tricolor fez 2 a 0 ainda na primeira etapa e garantiu com todos os méritos sua classificação para as oitavas de final da Libertadores.

O Corinthians entrou recuado demais, talvez ainda abatido pela eliminação no Paulista, e foi uma vergonha no primeiro tempo, quando ainda teve Emerson Sheik, num momento intempestivo, expulso infantilmente.

Na etapa final o São Paulo apenas administrou a vantagem e a arbitragem de Sandro Meira Ricci se complicou, errando na expulsão de Mendoza, que havia entrado no Corinthians. Um amarelo estava de bom tamanho. Já Luís Fabiano mereceu o vermelho, pois já tinha cartão e simulou ter recebido um tapa na cara (na cara não foi), jogando-se ao chão e achando que todo mundo era idiota.

Seja como for o que o São Paulo não fez nas mãos de Muricy, fez no primeiro tempo sob o comando do interino Milton Cruz, recebendo, novamente, o apoio da torcida, que estava de mal com a equipe. E com motivos de sobra, aliás.

De olho na arbitragem

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Concordo que a arbitragem anda pisando na bola. Pisou nas quartas de final do Paulista, nas semifinais do Estadual do Rio, no jogo São Paulo x Corinthians pela Libertadores e agora em Palmeiras e Santos, primeira partida da decisão do Estadual de SP. Acho, porém, que jogadores e membros de comissões técnicas deveriam ficar mais preocupados com a atuação de suas equipes do que com os erros e acertos dos juízes.

Vejo muita gente tentando tirar o foco de falhas próprias para crucificar os juízes e esconder problemas internos.

O Flamengo perdeu para o Vasco num lance contestável? Sim, mas jogou pouco bola, muito menos do que poderia.

O Corinthians foi prejudicado na Libertadores contra o São Paulo? Sim, assim como o Tricolor tinha sido prejudicado no jogo de ida entre os dois pelo mesmo torneio. Nada justifica, porém, a sofrível atuação do São Paulo na primeira partida, quando Ganso tentou esconde-la criticando o juiz, que errara no segundo gol, ou a postura do Corinthians no confronto de volta. Quando o time não jogou nadinha, nadinha.

Na final do Paulista, pelo menos no primeiro jogo, a mesma coisa se passou. Técnicos, assistentes e jogadores pareciam mais preocupados com a arbitragem do que em ver suas equipes jogando futebol. Novamente tivemos alguma lambança da arbitragem em Palmeiras x Santos, no Allianz Parque, mas nada que justifique o mau futebol do Santos, especialmente no primeiro tempo, ou os erros do Verdão, principalmente na etapa final, quando perdeu grande oportunidade para abrir excelente vantagem na decisão. Preferiu focar no árbitro e não em suas próprias falhas.

Por falar em falhas, aliás, seria bom Dudu treinar mais finalização, não?

Seja como for a final em São Paulo segue em aberto, com o Santos em condições de mudar o panorama no jogo de volta e ficar com o título, embora ainda considere o Palmeiras favorito para levantar a taça. Mas isso veremos domingo que vem. Quando espero que teremos um jogo melhor e mais empolgante do que o primeiro da decisão.


O título do Santos

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E não é que o Santos, um time em que ninguém apostava antes de o Paulista começar, ganhou o Estadual deste ano? Nos pênaltis, que não são loteria, não.

Uma conquista merecida pelo poder de superação mostrado na Vila Belmiro e por não ter deixado o Palmeiras fazer 2 a 0 na partida de ida, quando os santistas tinham um homem a menos em campo.

Mas não deu para entender a estratégia do Palmeiras no primeiro tempo. O Verdão ficou recuado, esperando o Santos atacar, deixando muito espaço para o adversário e marcando mal, mal, mal.

Com Robinho em campo, o time praiano não teve tantas dificuldades assim para fazer 2 a 0 na fase inicial, tirando a vantagem que os rivais tinham obtido no jogo de ida.

A polêmica na primeira etapa ficou por conta da arbitragem que, a meu ver, acabou favorecendo o Palmeiras, já que Dudu mereceu a expulsão, mas Geuvânio, não. E o palmeirense, que fez um campeonato abaixo das expectativas e prejudicou o Palestra nos dois jogos da final, tem tudo para se dar mal, pois nitidamente empurrou o árbitro depois de receber o vermelho.

No segundo tempo, porém, quem resolveu recuar em demasia foi o Santos, pensando só em segurar o resultado. E aí quem teve todo o espaço para atacar foi o Verdão, que antes de diminuir o placar teve duas grandes chances, salvas pelo goleiro santista.

O time da capital acabou diminuindo o ritmo no final, quando o zagueiro Victor Ramos foi merecidamente expulso e a decisão foi para as penalidades máximas. E nelas o Santos se deu melhor.

Para o Palmeiras, o vice-campeonato e uma lição. Na partida de ida deveria ter pressionado mais com a vantagem numérica, com um homem a mais em campo. E na de volta não poderia ter entrado tão recuado. Já Dudu, que chegou como promessa de ídolo, tem muito a se explicar.

Ganso e Luís Fabiano

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Mal terminou o jogo do São Paulo, eliminado da Libertadores pelo Cruzeiro, nos pênaltis, e conselheiros tricolores partiram para o ataque contra Ganso e Luís Fabiano.

A reclamação é que o primeiro dormiu em campo, o que não é novidade, e o segundo não tinha equilíbrio para bater pênalti. Errou a cobrança, claro.

Mas quem o escalou para bater? Eis a questão. Elogiado até momentos antes do jogo, Milton Cruz, que, ao contrário do que dizia Carlos Miguel Aidar, não chegou a ser efetivado no cargo, volta a ser contestado.

As críticas ao interino, substituto de Muricy Ramalho, são justificadas. Foi mal o São Paulo no Mineirão, como reconheceu o próprio Ganso ao final da partida.

Muito fraco na defesa, poderia ter ficado com dez no primeiro tempo, pois o juiz errou ao não expulsar Reinaldo, que cometeu falta para amarelo quando já tinha cartão.

No segundo tempo, perdeu-se depois do gol cruzeirense e escapou de levar um segundo gol.

Nos pênaltis, a falta de equilíbrio emocional pesou. E o Cruzeiro ficou com a vaga para as quartas de final.

Ao Tricolor resta juntar os cacos e ver o que fazer com eles. Porque a equipe, que fez apenas duas grandes partidas na temporada, voltou a mostrar nervosismo e desentrosamento. E o Morumbi segue rachado, com parte do conselho bem crítico em relação à gestão Aidar. Que não conseguiu arrumar um técnico para o lugar de Muricy. E agora deve voltar à caça.

E o Timão, hein?

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Assim como havia feito em Assunção, o Corinthians não jogou nada novamente e caiu diante do Guarani do Paraguai, deixando a Libertadores nas oitavas de final.

Pífia a atuação do time de Tite, que no primeiro tempo teve apenas uma grande chance de gol.

Na etapa final a situação piorou. Sem equilíbrio emocional, os paulistas tiveram dois jogadores expulsos, Fábio Santos e Jadson, acabaram o jogo com nove e chegaram a levar olé dos paraguaios nos últimos 15 minutos. Paraguaios que souberam se defender e tocavam bem a bola, sem apelar para a violência. E no finalzinho ainda marcaram o seu, vitória merecida, merecida.

Difícil de entender foi a postura do Corinthians, que alguns, semanas atrás, comparavam à Seleção de 1982, ao Milan do início dos anos 90 ou até ao Barcelona ou o Bayern de Munique. Menos, menos.

Tanto no Paraguai quanto em sua arena, a equipe foi muito mal. Parecia morta em campo, sem alternativas, sem jogadas de ataque, apática…

E não dá pra reclamar de cansaço. Teve duas semanas para se preparar para o jogo de ida e uma para a partida de volta, inclusive porque Tite poupou seus principais jogadores na estreia do Brasileirão.

O técnico e seus comandados têm muito a explicar. E a direção, que não consegue pagar o elenco em dia, também.

De bom o Internacional, de Diego Aguirre, que tem jogado muita bola e avançou com brilhantismo para as quartas de final da Libertadores. Porque o São Paulo, que caiu diante do Cruzeiro, não merecia mesmo seguir adiante e para o Galo dessa vez não deu.

Flamengo “na confusão”

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Dirigentes e conselheiros do Flamengo estão divididos. Uma parte acha o time muito fraco e defende a contratação imediata de dois grandes reforços, a outra acredita que a equipe é razoável e que eventuais contratações têm que ser feitas com muita calma e de acordo com a situação econômico-financeira do clube.

Concordo com a segunda corrente. O presidente Eduardo Bandeira de Mello já deixou claro que pretende reforçar o clube, mas sem deixar de lado a palavra-chave, que é austeridade.

Bastaram dois jogos no Brasileirão para acender o sinal amarelo na Gávea. Na estreia, uma atuação fraquíssima contra os reservas do São Paulo e derrota por 2 a 1 no Morumbi. Ontem, no Maracanã, empate polêmico nos últimos minutos diante do Sport, 2 a 2. Um ponto em seis disputados e o time já próximo da zona de degola, a chamada zona “da confusão”.

Não acho que o time do Flamengo seja dos piores, o problema é que Vanderlei Luxemburgo iniciou a competição falando grosso e sonhando com a Libertadores, o que talvez seja exagerado. Cabe ao técnico, com o material humano que tem, entrosar o grupo e achar uma outra forma de jogar, que não é a da estreia nem a de ontem.

O técnico, aliás, tem recebido críticas na Gávea desde que montou errado a equipe contra o Atlético-MG, pela Copa do Brasil do ano passado, e levou uma virada histórica em Minas, sendo eliminado da competição. Mas tem o respaldo de Bandeira de Mello.

No Estadual do Rio também não foi bem em momentos decisivos, perdendo a Taça Guanabara para o Botafogo na rodada final e não conseguindo chegar nem à decisão do torneio.

Tem que falar menos e trabalhar mais, porque competência para montar boas equipes Luxemburgo tinha. Acho que ainda tem, mas precisa provar que consegue, mesmo que os ovos não sejam de primeira. Há times piores no Brasileiro e o Flamengo pode, pelo menos, ficar na primeira parte da tabela, entre os dez primeiros.

Sobre a partida de ontem e o lance do fair-play ou da falta dele por parte do Mengo, discordo de muito que ouvi por aí. A meu ver, o atleta do Sport, que dizia sentir câimbra, estava de malandragem e, se não estava, parecia estar e o Flamengo, precisando do resultado, simplesmente não compactuou com ele e não devolveu a bola que Diego Souza jogou para a lateral.

Aliás que partida de Diego Souza. No gol e na linha.

Feia foi a discussão com Luxemburgo, que vive à beira do gramado discutindo com jogadores adversários. Provocando-os. Não deveria passar impune. Maus exemplos no futebol vemos de montão, vide o que se passou em Boca x River semana passada e que culminou, merecidamente, na eliminação do primeiro das quartas de final da Libertadores.

É hora de darmos um basta em muita coisa, inclusive em técnicos e jogadores que vivem querendo enganar a arbitragem e dar ordens nos árbitros. Fora os palavrões contra o quarteto de arbitragem. A orientação da CBF para que isso seja coibido, aliás, está corretíssima.

Neymar no apito

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Muitos têm especulado sobre o que estaria acontecendo com Neymar, que mostrou total desequilíbrio emocional contra a Colômbia e acabou expulso. A transmissão da Globo insinuou que o processo cível e criminal que envolve sua transferência do Santos para o Barcelona e inclui não só o jogador, mas também seu pai, entre outras partes, poderia estaria interferindo no emocional do atleta. Mas acho que o problema vem de muito antes, tanto que terça, no diário LANCE!, publiquei um texto tratando do desequilíbrio do atacante contra o Peru, logo na estreia. Apesar de ter decidido o jogo para o Brasil, ele estava longe de seu eixo. E o que aconteceu contra a Colômbia não pode ser considerado surpresa. Ou foi surpresa apenas para quem olhava somente para as jogadas brilhantes de Neymar em campo e fechava os olhos para seus atos de indisciplina. É por conta de tudo isso que reproduzo, abaixo, minha coluna da última terça, véspera da partida contra a Colômbia:

“Que Neymar é um craque poucos contestam. É um tremendo jogador que tem crescido cada vez mais em campo, com um toque de bola mágico e encantador, o que não quer dizer que não possa se aprimorar. E um dos problemas da principal estrela brasileira é justamente a indisciplina, a vontade que tem de apitar as partidas, controlar a arbitragem, como se, só por ser quem é, pudesse mandar no jogo. Ditar as regras. Volta e meia toma cartão amarelo por besteira, como aconteceu anteontem na estreia do Brasil na Copa América.

Isso não vem de agora. Vem da escola brasileira, que se acha malandra e fica mais focada no juiz do que em jogar futebol. O próprio Neymar, no início de sua carreira, começou a ser chamado de cai-cai pelas simulações de falta que fazia. Daí quando era derrubado de verdade, o que muitas vezes acontecia, o árbitro eventualmente achava que não era verdade, que o atacante havia fingido. Quem ganhava com isso?

Não se trata de um problema só de Neymar, é algo disseminado no futebol brasileiro por jogadores e técnicos também. Os “professores” gostam de colocar a culpa por quase tudo o que dá errado nos juízes. Que erram, sim, mas não podem ser considerados os vilões rodada após rodada, partida após partida. Um pouco de respeito é necessário. Já cansou e muitas vezes nem tem colado mais a história de achar na arbitragem o bode expiatório para qualquer revés que aconteça.

Em vez de focar no juiz, por que não se preocupar em trabalhar mais a bola, melhorar o passe, acertar as finalizações? É algo que deveria vir da base, mas ela é muito mal trabalhada no Brasil e os atletas, desde cedo, aprendem a ser indisciplinados, como pudemos observar na Copa São Paulo de futebol júnior, com a garotada protestando direto contra a arbitragem, simulando faltas, querendo apitar a partida, provocando a torcida adversária…

Comportamentos equivocados à parte, Neymar tem que ser reverenciado pelo bolão que tem apresentado não só no Barcelona, mas também na Seleção Brasileira, que joga única e exclusivamente em função do atacante. É ele quem resolve as coisas para o Brasil e tem sido assim há muito tempo, quando a situação poderia ser diferente. Na Copa do Mundo, por exemplo, o Brasil chegou a ser, mais de uma vez, Neymar e mais dez. Não por coincidência ele ficou de fora dos históricos 7 a 1, abalando seus companheiros de equipe, que entraram estabanados e desorientados em campo. Também ficou de fora dos 3 a 0 que a Holanda aplicou no Brasil, conquistando o terceiro lugar do Mundial.

Na era Dunga a dependência de Neymar segue grande, como pudemos ver anteontem contra o Peru. Foi ele o principal responsável pela virada brasileira, marcando o primeiro gol e criando a jogada para o segundo, fora as outras chances que teve. Já é tempo de o técnico pensar em outras alternativas, porque nem sempre dá pra ganhar sozinho. Fora que a defesa tem de melhorar muito.”

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